Poéticas digitais

Poéticas digitais

sábado, 1 de agosto de 2009

Olhei no espelho ao tomar um banho, chorei, confesso.
Estava tão bonito. A ocasião faz as pessoas.

Começo jurando pelo que é mais SAGRADO!
Primeiramente, a Deus Pai Todo Poderoso, agradeço.
(Permissão a Exu, para começar!) Daí vem Oxossi, minha matriz afro-ameríndia, agradeço.
Salve a Jurema! Oke Arô, Ara Ketu. Salve a fumaça!
No Ori tem também: Oxum, Oxalá e Ogum, seguram minha onda, agradeço.
Passa não tempo! Mas, passa tempo, tu é grande.
Agora, a palha da cana vai voar.
Mãe, Inalda, para me aguentar, só sentindo a dor de me parir mesmo.
Pai, Roberto, aguenta aí que em breve, eu chego lá. Paciência, por favor. Já dei passos grandes.
Nascido no subúrbios dos melhores dias.
Volto e me recomponho.
Um Saravá para Manuel Veríssimo de Souza, meu fundamento, meu assento.
Joana Lopes, só de pensar em ficar longe dela, eu morro sempre. Ensinou-me no caminho que devo andar e jamais me desviarei. Palavras não expressam. Cristã.
Ah! Teca! Como descobri em silêncio que te amo, imagináveis primaveras. Vejo-te menina, que zelo.
Félix, herdei de ti, a coisa masculina.
Irmanado, um céu na terra: Renato Veríssimo.
Salve as crianças e os Santos Cosme e Damião, já fui criança.
Humberto Lopes, você é o motivo que me alegra e deu mais vida a minha vida. Sem você será que ainda teriamos vovó?
Maria da Luz, um São Jorge que combate, você na minha vida é sinônimo do não desistir que é preciso.
De birra, Nequinho e Pedro Renato juntos. Um sonho. Com vocês aprendi a me encontrar melhor.

Em casa, falta alguém?
Vamos para o povo da casa-mundo.

Enfileirados estão todos os que me fazem ser quem sou. Não há hierarquia na ordem.
Joseane Teixeira (pela mudança social e pela primeira flor de poesia), Carina (pela flor realmente), Camila (por ser um amor que vem com força), Lourival Holanda (pela colheita de palavras), Vó Severina (pela doutrina espírita), Valberto Manassés (por acreditar no samba que corre em minhas veias).

Gustavo Paiva Jr. e Ana Paula Sobreira (Em tudo somos mais que vencedores!). Toda a família Colégio Paulo Paiva, os inanarráveis Mauro, Artene, Flávio (para mim, Zé do Brejo), Gy, Natali, Alery (que aprecia as minhas parabólicas histórias), Emília, Rogério, Edilene (poderia ser uma mãe), Cleide (pelo pós barba), D. Jane (tem igual aí?). A magia encantadores dos alunos por onde passo.

Dona Marivalda, Mestre Valter, Alto José do Pinho, Casa Amarela em 1 tonelada, batuqueiros do Estrela Brilhante.

Falta muita gente ainda mais vou em frente. Começo pelos de amanhã. Anderson, Jailton, sambas e mais sambas, para viver melhor. Andrea Fascio (por um amor nutrido e alimentado de longe). Arnelbo (pela cachaça invencível).

Salve os poetas Jorge de Lima, Miró de Muribeca (tudo é possível), Manuel Bandeira, William Blake, San Juan de La Cruz, Fernando Chile, e.e. Cummings! Salve os prosadores também.

A massa! Obrigado aos que, além de Jesus Cristo de Nazaré e Robert Nesta Marley, sempre salvam: Junior PoP, Manuel Damasceno (que figura!), Luciano-Bizingo, Mario; os da ganja, de modo geral.

É muita gente importante nessa data querida.

A turma da Fafire e da UFpe. Márcia e Priscila (Parabéns pra você tb!), Marcos Dornelas, Gerferson (o retrato parecido com o meu), Chico, Ana Karina ARaújo (pelas Olindagens). Kenia e Teresa. Roberta Amarela. Na especialização, um salve para todos, até para Arizai.

Incansavelmente, a você que tentou fuder com minha vida e não conseguiu. Aos seus parceiros, de tempos imemoráveis, anjos caídos. Peguem luz, axé, amém. Eu dou para vocês de graça. O fogo anda comigo! Vocês não sabem o bem que me fizeram e fazem. Quanto mais tentado me ergo.

Para as coisas boas, Malthus Elementus (o meu irmão mais velho), Catarina, Rosana e Antônio (meu primeiro computador). Aos amigos sem legenda da Fundação Bradesco e de outras escolas. Sobretudo, Paulo (que ainda sabe meu nº do telefonde de cor, desde a primeira série.

Agradeço ainda:

Aos vizinhos fofoqueiros, que malham o pau em mim.

Aos macumbeiros que já conheci.

Aos peladeiros do Brasil, inclusive os do Caçote, Beirinha e Chico Mendes.

Aos gays e as lésbicas.

Aos meus amigos de infância, Wilton Vicente, Clayton Ferreira e Elias Rafael.

Aos da comunidade do Orkut Solteiros em REcife (essa hora estão no chat!)

Às mulheres que já amei (não vou citar nomes para que não briguem postumamente e nem pensem que sou da estirpe dos canalhas).

Ao sorriso de criança.

Aos livros que abrem o meu espaço sideral.

Aos familiares em segundo, terceiro e quarto grau.

Ao vinho, à cachaça, à cerveja, que me embriagam.

Aos artistas, de circo, cinema, teatro, dança, música, futebol, etc.

Ao segredo de existir.

Vou dormir que ninguém é de ferro.

Aos que não citei, sintam-se citados e tocados. Nos 27 anos, falo sobre vocês.

Só existo porque vocês me fizeram existir.

Do serelepíssimo, maroto, fagueiro, amigo, chorão, malandro, feliz, Weydson Roberto de Souza (o currículo e os outros dados, eu mando depois!)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Antevisão

Antevejo novo cenários através do quarto escuro:
Não são objetos sem nexos, nem homens nos seus afazeres.
Vejo a noite robusta, com fúria, com frieza, noite tenaz.
Vejo a minha caligrafia digital apontando o porvir.
Os cenários são de aço e concreto como as casas que repousam em silêncio.
Uns desejos dormem enquanto outros sonham acordados.
O sono que velo espera a dissonância do dia novo.
As portas das casas encerram os delírios e os amores corporeos.
Assisto ao silêncio das horas e espero ansiosamente a força enérgica de um sonho bom que me liberte para um novo grito.

Na farândola

Súcia.
Pagode.
Festa familar.
Andança.
Dança.
Ciranda.
Tudo com palavras se faz e é feito.
Palavras de má índole abraçam as palavras doces.
E se congratulam, com explosão.
Nada mais que sugestão de espaços a ser preenchidos, letra por letra.
Cantos de todos, eus.
Multiplicado de dias e noites, auroras e ocasos.
Mortes mínimas todos dias.
Revoadas.
Vidas reiventadas.
Mundos meus.
Palavras de mãos dadas construindo edifícios de sonhos.
Assim, farandolando elas me levam desde menino buliçoso.
Serelepíssimas palavras que estão no universo, santificados sejam vossos signficados, o sentimento de cada dia me dá agora.
Postadas palavras na mesa.
Malandras e melindrosas.
Sorridentes e desdentadas.
Com sede e fome, alimentadas e gulosas.
Salvadoras, profanas, redentoras, ambíguas: de mãos dadas.
Covardes, justas, omissas, mentirosas: de mãos dadas.
Ardentes, dolorosas, prazerosas, sussurradas: de mãos dadas.
Marotas, fagueiras, dadivosas, brandas: de mão dadas.
Palávrida de outras e outros.
Aqui nasce um arcaismo e jaz um neologismo.
O contrário também na farândola é possível.
Contrariadas palavras, reivindicam e argumentam.
De tudo e com tal zelo serei atento aos seus assombros.
Bocados de mim.