Antevejo novo cenários através do quarto escuro:
Não são objetos sem nexos, nem homens nos seus afazeres.
Vejo a noite robusta, com fúria, com frieza, noite tenaz.
Vejo a minha caligrafia digital apontando o porvir.
Os cenários são de aço e concreto como as casas que repousam em silêncio.
Uns desejos dormem enquanto outros sonham acordados.
O sono que velo espera a dissonância do dia novo.
As portas das casas encerram os delírios e os amores corporeos.
Assisto ao silêncio das horas e espero ansiosamente a força enérgica de um sonho bom que me liberte para um novo grito.
Pequeno farnel de uma expatriada
Há 13 anos